No se filigranado, eterna maravilha,
Na pétala graciosa que a vida nos conduz,
Na pétala graciosa que a vida nos conduz,
Na estrela misteriosa que nos encanta e brilha,
Eu, admirador do grande Artista,
Confesso não me arrepender
Se me disser deísta!
Porem, se é o tal Deus da madre igreja,
O cruel Deus papão das sacristias,
O Deus que sobre nós, fero, despeja
Trabuzanas e raios todos os dias;
Se é esse o Deus que manda as trovoadas,
Que ajuda o padre lorpa e o sacrista
E deixa casas pobres arrasadas,
Então, caros irmãos, não sou deísta!"
Gonçalves Correia
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