Neste pequeno livro, Zerzan - um neoluddista - argumenta contra a tecnologia* e a civilização tal como a conhecemos, apresentando as suas razões - geralmente baseado em estudos da área da antropologia e história - para defender o regresso (tanto quanto possível) a um estado mais primitivo da vida das comunidades humanas.
De acordo com Zerzan, o início do sofrimento humano remonta à divisão do trabalho, domesticação/sedentarização e descoberta da agricultura. O autor contrapõe um ideia de sociedade mais justa, mais feliz e mais genuinamente pacífica no período anterior à especialização, hierarquização e desenvolvimento do pensamento e da expressão simbólica que dizemos mais avançada, expressa na comunicação escrita e oral, e nos mitos e religiões.
Tudo isto parece (e na verdade é) bastante estranho, mas Zerzan fornece vários dados interessantes, que emergem do estudo científico das primitivas comunidades de caçadores-recolectores, e que suportam a sua tese. Fica por explicar - suponho que também não fosse essa a intenção do livro - como seria possível iniciar uma regressão minimamente eficaz ao estilo de vida dos antiquíssimos caçadores-recolectores.
(post publicado também aqui)
Nota:
* Gonçalves Correia, pelo contrário, via na evolução tecnológica - e mediante a socialização dos meios de produção - uma hipótese concreta de libertação do homem face ao trabalho. Era, nesse sentido, um anarquista que se afastava da linha ludista, ou neoludista, existente entre muitos dos adeptos da vida simples.
Nota:
* Gonçalves Correia, pelo contrário, via na evolução tecnológica - e mediante a socialização dos meios de produção - uma hipótese concreta de libertação do homem face ao trabalho. Era, nesse sentido, um anarquista que se afastava da linha ludista, ou neoludista, existente entre muitos dos adeptos da vida simples.
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