Na escola de liberdade que tinha sido a Faculdade de Letras do Porto, aprendeu o respeito pela liberdade absoluta do homem que pensou poder materializar-se no movimento das escolas novas. Para tanto diz-nos Agostinho "As escolas realmente novas, as de um Tolstoi, as de um Sanderson, as de um Washburne, as de um Lightward, as de um Faria de Vasconcelos, as de uma Armanda Alberto são apenas relâmpagos de esperança, logo abafadas pelas realidades, dos sistemas económicos (...) dos sistemas políticos (...) das religiões instituídas e convencionais (...). Escolas de visionários, de anarquistas e de loucos: escolas em que a iniciativa é da criança, a que o adulto assiste e em que aprende, ou reaprende a ter imaginação, a criticar, a se integrar no jogo como num trabalho ou no trabalho como num jogo, a sonhar considerando o sonho como actividade necessária e legítima, numa palavra a ter todas as qualidade ques perturbariam a calculada e, o que supõem, segura vida dos desembargos do paço ou dos presídios supremos".
extraído do texto "Agostinho da Silva - Um pedagogo contemporâneo português em busca de uma educação para o futuro", por Artur Manuel Sarmento Manso (Universidade do Minho)
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